Construção

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Com a madeira engenheirada, as obras são mais rápidas, emitem menos carbono, geram quase nenhum entulho e não precisam de muita mão de obra. Além disso, há menos riscos de atrasos, já que as peças são pré-fabricadas. E a montagem delas no canteiro de obras não consome água. Mas Sylvio Pinheiro, diretor da G+P Soluções, hub de negócios em construção, estima que essas obras são 20% mais caras que as tradicionais:
— Em uma obra com madeira engenheirada, você usa apenas 30% da mão de obra de uma obra tradicional e leva metade do tempo para construir. É uma mão de obra mais cara, mas acaba compensando. Na construção convencional, há muito entulho e mais retrabalho quando a mão de obra é menos especializada.
Segundo Luis Martini, diretor de Operações da Alea, empresa que se especializou nesse tipo de construção, é possível reduzir a mão de obra empregada em até 94% do necessário na construção convencional. Uma casa tradicional demanda oito pessoas trabalhando por mês, enquanto no sistema wood frame um só profissional conclui no mesmo prazo.
— Esse método também permite que boa parte da casa seja desenvolvida em um ambiente controlado, sem intempéries. É um ambiente mais seguro. Cerca de 40% da casa são produzidos na fábrica, e temos planos de aumentar esse percentual para 55% neste ano — diz Martini, que também aponta menor consumo de energia na modalidade.
A Alea usa madeira pinus de reflorestamento com selo FSC (Forest Stewardship Council), que assegura práticas de manejo sustentável. Tem uma única fábrica capaz de produzir 10 mil casas por ano. Em outubro do ano passado, a empresa superou a marca de 3 mil vendidas.
Entre março e abril, a Crosslam vai entregar um dos maiores prédios residenciais já construídos com madeira engenheirada, em Suzano (SP). Chamado de Aurora 275, o empreendimento tem dez apartamentos de 74 metros quadrados. A estrutura mistura peças de madeira laminada colada (MLC), usada em pilares e vigas, e de madeira laminada cruzada (CLT), usada em lajes e painéis de parede.
A Crosslam já entregou mais de 300 obras. Começou com projetos pequenos e agora eles já ultrapassam 1 mil metros quadrados. Em 2025, deve entregar doze. Com uma fábrica em Suzano, a companhia investe R$ 50 milhões em uma segunda unidade, que abre neste ano em Salesópolis (SP).
A empresa também está construindo o prédio administrativo de 3 mil metros quadrados e três pavimentos em madeira da multinacional alemã de adesivos Henkel, em Jundiaí (SP), com entrega programada para meados do ano.
Mantido o cronograma, serão apenas 75 dias de montagem, mas a Crosslam avalia que esse tempo pode cair a apenas 45 dias em futuros empreendimentos. A empresa usou concreto no subsolo. O máximo de pessoas trabalhando ao mesmo tempo nessa obra foi de apenas 12 empregados.
Para Renato Simonsen, sócio e diretor comercial da Crosslam, esse tipo de construção pode ser estratégico para o Brasil, que tem experiência no manejo de árvores para celulose:
— A madeira tem capacidade de isolamento térmico elevada. Se bem projetado, a manutenção do prédio é menos frequente. Precisa aplicar hidrorrepelentes a cada três anos, nada além de uma pintura.
Nicolaos Theodorakis, CEO da Noah Tech, que captou R$ 190 milhões por meio de um fundo para erguer três prédios corporativos do tipo, destaca o efeito desse tipo de construção no visual de São Paulo e na diminuição da poluição sonora:
— Nossas obras são mais silenciosas, com menor impacto para os vizinhos, e trazem a natureza para as cidades.
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